Parece que foi ontem, mas já se foram 15 anos desde que a aventura “Titanic”, de James Cameron, estreou nos cinemas e se consagrou como um épico da história cinematográfica. Sucesso incontestável de crítica e público, o filme recordista de estatuetas do Oscar – com onze prêmios – estreia em versão 3D no próximo dia 13 (em alguns lugares, já estreou no dia 6).
Como protagonistas do filme, dois jovens de 22 e 23 anos: Kate Winslet e Leonardo DiCaprio. Ela, mais jovem, era, entretanto, mais consagrada à época. Enquanto Winslet já havia arrebatado um SAG Awards e um BAFTA por sua atuação como coadjuvante em “Razão e Sensibilidade” (1993), DiCaprio só entrou de vez no cenário mundial cinematográfico após a história do navio que naufragou no início do século XX se tornar sucesso. Visto inicialmente muito mais como um rosto bonito do que por sua capacidade de encenação, o ator não conquistou facilmente a crítica especializada, embora já tivesse conquistado a indústria de Hollywood e, sem dúvida, o público.
Em 2002, “Prenda-me Se For Capaz” (de Steven Spielberg) lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de melhor ator principal de drama, mas assim como em 1998 (por “Titanic”), ele não levou o prêmio para casa. Também foi em 2002 que seu papel de mocinho em “Gangues de Nova York” (de Martin Scorsese) lhe trouxe reconhecimento da crítica, só que mais uma vez havia um empecilho para sua consagração: a atuação do antagonista do filme, Daniel Day-Lewis (vencedor de dois Oscars), acabou chamando mais atenção da mídia.
Porém em 2004, a aclamação foi inevitável após mais um protagonista, agora no filme “O Aviador”, em mais uma parceira com o diretor Martin Scorsese. Finalmente o prêmio Globo de Ouro por ator principal de drama chegou a suas mãos, assim como a indicação ao Oscar de ator principal aconteceu pela primeira vez. A partir daí, o ator emplacou um sucesso atrás do outro e a dobradinha DiCaprio/Scorsese tornou-se uma das mais bem-sucedidas de Hollywood.
Em 2006, uma façanha com dois filmaços: “Diamante de Sangue” lhe trouxe mais uma indicação ao Oscar (a última, por enquanto) e “Os Infiltrados” (mais uma vez ao lado de Scorsese) venceu o prêmio de melhor filme. Protagonista em ambos, ele conseguiu concorrer no mesmo ano – na mesma categoria – pelo Globo de Ouro de melhor ator principal de drama. Não levou nenhum dos prêmios, mas o feito é louvável.
E não parou por aí! Em “Foi Apenas um Sonho” (2008), o ator dividiu a cena mais uma vez ao lado de Kate Winslet e novamente foi indicado ao Globo de Ouro. Em um personagem mais dramático, longe das cenas de ação, o ator surpreendeu após os dois últimos filmes elétricos que fizera.
A volta ao trabalho com Martins Scorsese veio em 2010, com “A Ilha do Medo”. A excelente atuação como um detetive que investiga os maus-tratos num sanatório hospitalar da década de 50 que é levado à loucura. No entanto, não lhe rendeu grandes indicações, assim como seu papel em “A Origem”. Afora isso, a ficção científica, por assim dizer, de Christopher Nolan, foi um sucesso estrondoso nas bilheterias e de críticos especializados e arrebatou quatros Oscars por méritos técnicos (como “Fotografia” e “Efeitos Visuais”).
No ano passado, sua forte atuação como J. Edgar (no filme de mesmo nome, dirigido por Clint Eastwood) – o homem que chefiou o FBI por quase meio século – fez DiCaprio ser indicado pela 7ª vez ao Globo de Ouro de melhor ator principal de drama.
Para 2012, o ator (agora com 37 anos) vai lançar dois filmes para dezembro, ainda sem nome no Brasil: “The Great Gabsy” será um drama romântico, baseado no livro de 1925 escrito por F. Scott Fitzgerald. Já “Django Unchained” promete maiores aventuras. Estrelando também Jamie Foxx e Christoph Waltz, o filme de Quentin Tarantino – ambientando nos anos 1800 – traz Leonardo DiCaprio como antagonista: um sádico fazendeiro que faz do personagem principal (Foxx) seu escravo.
Enquanto as novas produções não saem, vale a pena conferir o trailer de "Titanic 3D" com os comentários do diretor James Cameron:
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